A Sociedade Brasileira de Física (SBF) noticiou que, em reunião ocorrida ontem, dia 21, entre o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim; a presidente da SBF, Débora Menezes; o presidente da Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN), Thiago Salazar; e os pesquisadores aposentados da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) José Perrotta e Silvia Velasques, foi dada a garantia de que o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) será considerado pelo Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e que recursos iniciais para terraplanagem e preparação do terreno em Iperó/SP deverão ser liberados ainda em 2022.
Conduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), sob responsabilidade e coordenação da Cnen, o RMB será uma grande infraestrutura do conhecimento na área de tecnologias nucleares e disponibilizará ao Brasil um reator e instalações para utilização de feixe de nêutrons em pesquisas, irradiação e teste de combustíveis e produção de radioisótopos para múltiplas aplicações. Ele está sendo desenvolvido desde 2008 e tem um custo total estimado em US$ 500 milhões para implantação em, pelo menos, cinco anos de forma contínua.
Esse empreendimento possibilitará produção de radioisótopos para mais de 30 diferentes tipos de radiofármacos e a duplicação do número de procedimentos anuais em Medicina Nuclear, garantirá estabilidade no fornecimento de radioisótopos, contribuirá para a ampliação do número de clínicas e hospitais que oferecem serviços de Medicina Nuclear e propiciará a economia de mais de US$ 15 milhões/ano com custos de importação, entre outros diversos benefícios.
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Imagem em destaque: Conceito da instalação do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) / Divulgação Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen)
Fonte: Sociedade Brasileira de Física (SBF)