Centena tem capacidade de coleta de 60 metros cúbicos de descarte
A energia nuclear está presente na vida do ser humano de diversas formas, seja na medicina, agricultura, indústria, produção de energia elétrica e no meio ambiente. Sendo assim, os rejeitos contendo radiação merecem muita atenção e também cuidados especiais.
Por isso, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) – unidade vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), criou o Centena – Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental como solução para o armazenamento de rejeitos radioativos no país.
O centro terá a função de pesquisa nuclear, sustentabilidade, conhecimento e depositório de rejeitos radioativos. Sua infraestrutura é formada por: centro de visitantes, laboratório, oficina, local de acondicionamento, bacia de coleta, trincheira e depósito.
A previsão de início de operação do Centena é em 2026 e o centro funcionará por 60 anos, com capacidade para 60 metros cúbicos de rejeitos. As empresas e indústrias que trabalham com materiais de baixa e média radiação poderão utilizar o serviço do Centena para dispensar seus rejeitos seguindo todas as normas de segurança e cumprimento às leis ambientais. O custo para armazenamento de descartes ainda será definido.
“O Centena é a solução para garantir a sustentabilidade do setor nuclear nacional, provendo um local dedicado ao armazenamento centralizado e definitivo de seus rejeitos, respeitando a qualidade de vida no presente e para as gerações futuras”, fala a engenheira Química e Nuclear e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia da Nuclear (CDTN/Cnen), Clédola Cássia Oliveira de Tello.
O Centena ficará localizado na Região Sudeste onde tem maior volume de rejeitos do país. O terreno na cidade escolhida para instalação tem entre 20 e 40 hectares e ainda está em processo de homologação pelo MCTI.
Vale salientar que os radioelementos ficam uma média de 30 anos dentro dos produtos/materiais descartados. Por isso é necessário dez meias vidas, ou seja, 300 anos de armazenamento para que o local não apresente risco à saúde. Sendo assim, o Centena trabalhará 60 anos em operação, e outros 300 apenas para segurança institucional.
A notícia foi publicada originalmente no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Imagem: Divulgação MCTI
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)