O jornal Valor Econômico noticiou que o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou que o país reativará pelo menos nove usinas nucleares a fim de evitar a escassez de eletricidade. Segundo o político, a medida garantirá cerca de 10% da eletricidade da terceira maior economia mundial.
Desse modo, o Japão busca reverter a política adotada após o acidente na central nuclear de Fukushima-Daiichi, em março de 2011, quando fechou as usinas nucleares para a revisão e adoção de padrões mais rígidos de segurança e passou a importar intensamente caros e poluentes combustíveis fósseis.
Com o advento da guerra da Rússia na Ucrânia, energia e combustíveis têm encarecido e, nesse cenário, 53% dos japoneses apoiam a reabertura das usinas nucleares se a segurança puder ser garantida, conclui pesquisa da Nikkei. Ainda de acordo com o Valor, essa é a maior taxa de aprovação desde o acidente.
Até março de 2011, o Japão era um dos players mais pesados no setor de geração nuclear mundial – cerca de um terço de sua eletricidade era produzida em 54 usinas. Atualmente, apenas quatro unidades estão em operação, mas dez já possuem aprovação para serem religadas.
“A segurança será um pré-requisito para levar isso adiante”, declarou o primeiro-ministro nipônico em coletiva após anunciar as medidas. Fumio Kishida ressaltou também que o arquipélago carece de recursos naturais, e que por isso precisa “ter uma mistura equilibrada de várias fontes de energia”.
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Imagem: Bandeira do Japão / Pixabay
Fonte: Valor Econômico