Em solenidade com praticamente todo o primeiro escalão da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) presente, o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/Cnen) comemorou, no último dia 10, seus 61 anos de existência. O diretor em exercício do IEN, Cristóvão Marinho, que disse que “o Instituto tem sua história marcada pelo seu comprometimento com a sociedade”, destacando ainda que “todos os componentes da mesa desta cerimônia são servidores de carreira da Cnen”.
A explicação mais geral veio do diretor (interino) de Pesquisa e Desenvolvimento da Cnen, Fábio Staude, que deu uma visão do reposicionamento do IEN, realizado com poucos recursos. Tomou como exemplo inicial o redirecionamento da Radiofarmácia, que, de produtora de radiofármacos, agora passará a fazer pesquisa e desenvolvimento em radioisótopos de interesse médico e industrial e análise de materiais. Destacou, nesse aspecto, a produção de radiotraçadores com o Cíclotron CV-28, com parcerias com a Petrobras e a Atomum.
Disse também que o antigo Galpão do Sódio deverá ser destinado a um Centro de Treinamento em Segurança Física Nuclear de âmbito latino-americano. Ao mencionar as instalações do antigo Laboratório de Materiais Nucleares (Laman), deu ênfase ao Laboratório de Nanorradiofarmácia, que conta com mais de 30 bolsistas, sem descuidar do Laboratório de Termo-Hidráulica Experimental. Falou também do Serviço de Engenharia de Sistemas Complexos do IEN, do Setor de Capacitação e seus cursos e das obras de infraestrutura realizadas no IEN.
Por fim, deu destaque ao processo de modernização do Reator Argonauta, segundo Staude “a menina dos olhos” do Instituto. Ainda conforme Staude, “o objetivo desse processo é tornar o Reator e seus laboratórios associados um centro de excelência multiusuário, disponibilizando toda a sua infraestrutura para a comunidade científica e cursos na área nuclear”.
Depois de Staude, falaram rapidamente o representante da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS) André Quadros e o diretor de Gestão Institucional (DGI) da Cnen, Pedro Maffia.
A seguir, pronunciou-se o presidente da Comissão, Francisco Rondinelli, que afirmou que uma das características que ele vê no IEN e seus quadros “não é superar as dificuldades, mas sim contorná-las”. Disse também que “há perspectiva de concurso público para a Cnen” e que “para os projetos estratégicos, como o do Reator Multipropósito Brasileiro, há perspectivas de recursos”. E finalizou: “É muita satisfação estar aqui nessa solenidade”.
Dando prosseguimento à comemoração, oito servidores receberam dos membros da mesa um diploma de homenagem pelos seus 40 anos de trabalho no Instituto.
A notícia foi publicada originalmente no site do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/Cnen), onde estão disponíveis mais fotos.
Texto e reportagem de Henrique Davidovich
Foto em destaque: Da esquerda para a direita – André Quadros (representante da DRS/Cnen), Fábio Staude (diretor em exercício da DPD/Cnen), Francisco Rondinelli (presidente em exercício da Cnen), Pedro Maffia (diretor em exercício da DGI/Cnen) e Cristóvão Marinho (diretor em exercício do IEN/Cnen) / Crédito: Douglas Trouffa (Cocom/Cnen)
Fonte: Setor de Comunicação Social do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/Cnen)
