Estudo avalia impactos das usinas nucleares nas comunidades indígenas de Angra e Paraty

Estudo avalia impactos das usinas nucleares nas comunidades indígenas de Angra e Paraty

A Eletronuclear contratou uma empresa especializada para conduzir um estudo profundo sobre os impactos potenciais das usinas nucleares de Angra dos Reis nas comunidades indígenas locais. Trata-se de uma condicionante ambiental estabelecida por uma ação civil pública.

Este estudo, com duração prevista de 15 meses, tem como foco as comunidades indígenas de Parati-Mirim, Arandu-Mirim, Araponga, Rio Pequeno, Iriri Pataxó, em Paraty, e a aldeia do Sapukai, em Angra dos Reis. O trabalho será realizado pela Terra Ambiental, sob a coordenação da engenheira sanitarista Eduarda Piaia, contando com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

A representante da Funai, Deborah Castro, que participou de forma online, ressaltou a importância do projeto, enfatizando que o objetivo é “identificar os impactos sob responsabilidade da Eletronuclear e compreender as demandas das comunidades para que medidas reparadoras possam ser implementadas”.

O projeto teve início em maio, com a elaboração de um plano de trabalho já aprovado pela Funai. Atualmente, o estudo está na fase de apresentação desse plano às comunidades indígenas. “Eles são soberanos no processo e devem aprová-lo para que possamos iniciar as atividades em campo”, destacou Eduarda Piaia.

As primeiras ações do estudo envolvem uma análise detalhada do território, considerando aspectos dos meios físicos e bióticos, como identificação de plantas, regimes de chuvas, captação de água, além de locais de pesca e coleta de alimentos. No âmbito antropológico, a equipe pretende mapear locais sagrados, modos de vida, tradições e culturas das comunidades.

Esse trabalho remonta à década de 1960, período em que a construção das usinas teve início. “Queremos revisitar esse período para ouvir os indígenas e entender as mudanças que ocorreram desde então”, afirmou Piaia.

O estudo busca traçar um diagnóstico que contemple tanto a situação atual quanto o contexto anterior à construção das usinas. A chefe da Assessoria de Licenciamento Nuclear e Ambiental da Eletronuclear, Carla Caetano, destacou a importância da parceria, afirmando que o objetivo é “compreender as demandas das comunidades e atendê-los, na medida do possível, com a maior celeridade possível”.

A próxima etapa do estudo será a criação de uma matriz de impacto, que classificará a gravidade dos efeitos identificados e vai propor medidas para minimizá-los. O relatório final será apresentado à Eletronuclear e à Funai, e posteriormente ajustado conforme as necessidades das comunidades indígenas.

A notícia foi publicada originalmente no site da Eletronuclear.

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Foto: Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), localizada em Angra dos Reis-RJ / Divulgação Eletronuclear

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Eletronuclear