Cnen avança no RMB com workshop para equipe da Tractebel, empresa contratada para consultoria ao planejamento da implantação do projeto

Cnen avança no RMB com workshop para equipe da Tractebel, empresa contratada para consultoria ao planejamento da implantação do projeto

Com o objetivo de proporcionar uma compreensão detalhada do projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), abordando suas características e especificidades, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) promove, desde a última segunda-feira, 23, um workshop para 16 profissionais da Tractebel, empresa contratada para prestar serviços de consultoria para planejamento da implantação do empreendimento. O evento está sendo realizado ao longo da semana, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/Cnen), na Cidade Universitária, em São Paulo.

O RMB, projeto estruturante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), coordenado e executado pela Cnen, é o maior empreendimento para a área nuclear do país, na atualidade. De acordo com Patrícia Pagetti, coordenadora técnica do RMB, os profissionais da Tractebel possuem expertise­ em gerenciamento de projetos de grande vulto na área nuclear, além de dominarem diversas disciplinas técnicas fundamentais para o sucesso do RMB, que será construído no município de Iperó, a 127 quilômetros da capital paulista.

Durante o workshop, a equipe da Tractebel tem a oportunidade de se aprofundar nas características e especificidades do projeto, a partir das apresentações da equipe de coordenação do RMB/Cnen, ao longo da semana. “A ideia é que eles se familiarizem com o projeto do RMB e conheçam todas as características e especificidades da planta. Além disso, o evento proporcionará um espaço para discussões estratégicas e o desenvolvimento de planos detalhados para as próximas etapas de implantação do empreendimento”, acrescenta Pagetti.

Visando a uma interação mais direta entre os profissionais da Tractebel Engie e da Cnen, ao longo da execução do contrato, a coordenação do RMB disponibilizou um escritório de apoio à empresa nas instalações do Ipen/Cnen. “Este workshop promete ser um marco na preparação da equipe da Tractebel para um papel importante no apoio ao planejamento e detalhamento da implantação do RMB, mais um passo em direção a um futuro promissor no setor de tecnologia nuclear”, afirma José Augusto Perrotta, que coordenou o projeto ao longo de 14 anos.

O contrato entre a Fundação Patria e a empresa Tractebel, para apoio à Cnen na elaboração de Plano Estratégico de Gestão de Engenharia para Implantação do Empreendimento RMB – uma das principais metas do Convênio Finep RMB172 – foi firmado em 21 de setembro de 2023, quando também foi realizado, no Ipen/Cnen, o kick off meeting (reunião inicial) entre a coordenação do RMB/Cnen e os gerentes de projeto da Tractebel.

Entre os serviços que serão desenvolvidos nesse contrato, que tem duração de nove meses, estão a definição do modelo de organização para implantação do RMB, o estudo do inventário atual de documentação do projeto, o detalhamento do cronograma de execução da obra, o respectivo planejamento orçamentário detalhado, o escopo de contratação das empresas executoras, assim como os modelos e critérios de seleção e de contrato das mesmas, a estrutura organizacional necessária, incluindo recursos humanos, as ferramentas para a gestão do empreendimento e as licenças, permissões e autorizações.

“Prioridade nacional”

O Convênio Finep RMB172 foi assinado em dezembro de 2022, entre a Finep, a Fundação Patria e a Cnen (Convênio Finep/PATRIA/CNEN 01.22.0592.00). Espécie de “guarda-chuva” para os demais contratos que viabilizarão o empreendimento RMB, o Finep RMB172 tem o valor total de R$ 172,13 milhões, e o prazo para execução é de 36 meses. Os recursos são oriundos da fonte “Ações Transversais”, e serão desembolsados no período de 2022 a 2024, correspondente à atual fase de implantação do projeto, contemplando as metas a serem cumpridas pela Cnen.

Conforme detalhou Pagetti, estão planejadas, também, a execução de serviço inicial de terraplenagem, a construção da ponte sobre o Ribeirão do Ferro e a execução de planos ambientais associados às obras iniciais de infraestrutura.

Embora o Convênio Finep RMB172 tenha sido firmado em 2022, foi neste ano, após a mudança de governo, que o RMB passou a ser considerado prioritário para o MCTI. Em todos os pronunciamentos sobre projetos e desafios de sua pasta, a ministra Luciana Santos tem destacado o papel estratégico do RMB. No último dia 6, ela participou da assinatura do Memorando de Entendimento (MoU), entre os presidentes da Cnen e da Cnea – Comissão de Energia Atômica da Argentina, em Buenos Aires.

O documento foi assinado por Francisco Rondinelli Júnior, pela Cnen, e Adriana Serquis, pela Cnea. “O governo brasileiro e o MCTI abraçaram o RMB, que é estratégico para o avanço do setor nuclear no país”, diz Rondinelli. O MoU estabelece possibilidade de parceria com a empresa de engenharia que executou o projeto da planta argentina no projeto da planta de processamento de radioisótopos que será construída no RMB.

“Esta ação está associada à meta de elaboração do Projeto Detalhado de Engenharia do Laboratório de Processamento de Radioisótopos (Prédio N04) do convênio Finep RMB172”, explica Pagetti. Entre outras finalidades, o RMB vai garantir ao Brasil autossuficiência em insumos para a produção de radiofármacos, usados no diagnóstico e tratamento de diversas doenças. “Mas sua importância vai muito além”, observa Pagetti, acrescentando que “o RMB não é um apenas o projeto de um reator, é um novo instituto de tecnologia nuclear, com pesquisa, ensino e inovação”.

Apoio da Amazul

Ainda no âmbito do Finep RMB172, no último dia 17 foi firmado um contrato entre a Fundação Patria e a empresa Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) visando à prestação de serviço de engenharia para apoio à Cnen no cumprimento de algumas das metas estabelecidas em 2022, no Finep RMB172. O kick off meeting entre a coordenação do RMB/Cnen e os representantes da Amazul foi realizado na última sexta-feira, 20, no Ipen/Cnen.

A notícia foi publicada originalmente no site da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

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Imagem: Logo da Cnen

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen)