CDTN: único radiofármaco brasileiro voltado para o câncer de mama completa 2 anos

CDTN: único radiofármaco brasileiro voltado para o câncer de mama completa 2 anos

Radiofes®, desenvolvido em MG, possui alta eficácia na detecção de diagnóstico de carcinoma de mama primário e metastático

O Radiofes® completa dois anos de produção comercial este ano, com atendimentos a pacientes com câncer de mama de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Pernambuco. O produto é um agente de diagnóstico radioativo utilizado para detectar tumores que expressam receptor de estrogênio, auxiliando a biópsia em pacientes com câncer de mama metastático ou recorrente. Os radiofármacos são utilizados na medicina nuclear para diagnóstico, terapia e pesquisa médica. No Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/Cnen), o radiofármaco específico para o câncer de mama é produzido em escala comercial desde 2021 pela Unidade de Pesquisa e Produção de Radiofármacos.

“Sabe-se que cerca de 70% dos cânceres de mama estão relacionados ao receptor de estrogênio, característica em que o Radiofes® atua com grande precisão para diagnóstico de carcinoma de mama primário e metastático. Considerando que, segundo o Instituto Nacional do Câncer, trata-se do tipo mais incidente em mulheres, o uso do Radiofes® permite diagnóstico mais precoce em comparação com as técnicas atualmente disponíveis, aumentando ainda mais as chances de cura através do desenvolvimento de estratégias mais assertivas de tratamento quimioterápico“, aponta Leonardo Tafas, chefe substituto do Serviço de Radiofármacos do CDTN.

Além disso, o Radiofes® apoia também a caracterização de receptores hormonais em lesões tumorais durante o estadiamento, ou seja, o processo para determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo. Essa identificação contribui para a escolha da estratégia de tratamento do paciente pela equipe médica especializada.

Como os radiofármacos funcionam?

Os radiofármacos são administrados no paciente, geralmente, por via intravenosa. Após sua administração no paciente, é possível obter imagens funcionais dos órgãos e tecidos por meio do exame de Tomografia por Emissão de Pósitrons (sigla PET, em inglês). Ao fornecer, de forma não-invasiva, imagens que podem auxiliar no diagnóstico e terapia de várias doenças, os radiofármacos representam uma alternativa de alta eficácia. No CDTN, os radiofármacos são produzidos e comercializados desde 2008.

Esses medicamentos são seguros e eficazes, com doses cuidadosamente controladas para minimizar a exposição à radiação. A produção de radiofármacos é feita sob rigorosas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proteger os profissionais que produzem a substância, os profissionais de saúde e os pacientes.

Além do Radiofes®, o Centro é responsável pela produção e comercialização de outros três radiofármacos:

  • Radionaf® – utilizado para o diagnóstico de tumores ósseos;
  • Radioglic® – permite diagnosticar diferentes tipos de câncer e dispõe de uma maior atividade metabólica de acordo com a extensão do tumor;
  • Radiopros® – usado como agente de diagnóstico em exames para detecção de tumores de câncer de próstata em homens adultos.

O CDTN é vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), autarquia do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A notícia foi publicada originalmente no site do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/Cnen).

+ Notícias sobre o CDTN

Foto: Radiofármaco / Crédito: Deivid Oliveira

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/Cnen)