Brasil pode avançar em diagnósticos e tratamentos com nova política para Medicina Nuclear.

Brasil pode avançar em diagnósticos e tratamentos com nova política para Medicina Nuclear.

O Senador Astronauta Marcos Pontes é o autor do Projeto de Lei nº 2167/2025, que institui a Política Nacional para o Desenvolvimento da Medicina Nuclear. A ação representa um marco para o desenvolvimento e crescimento deste campo na área da saúde, tanto no âmbito público quanto no privado.

Segundo o Dr. Paulo Almeida, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), os principais desafios da Medicina Nuclear no Brasil é a falta de insumos, especialmente nos radiofármacos, onde temos um déficit na produção nacional. Também encontramos dificuldades na produção de isótopos radioativos, fundamentais para o diagnóstico e tratamento de diversas doenças graves.

“A aprovação deste Projeto de Lei abriria caminho para a retomada do crescimento da Medicina Nuclear no Brasil. Atualmente, estamos na contramão do cenário global — inclusive em comparação com nossos vizinhos da América Latina, como Chile e Argentina —, enquanto a Medicina Nuclear é uma das especialidades que mais cresce no mundo, impulsionada pelo desenvolvimento de novos agentes diagnósticos e terapêuticos, além de avanços em equipamentos” respondeu o vice-presidente da SBMN sobre o impacto da PL.

Um dos pilares do projeto é a democratização dos procedimentos com uso de radiofármacos, usados no tratamento de doenças como câncer e hipertireoidismo, para garantir que estados de menos infraestrutura também se beneficiem. A solução para isto segundo a SBMN, seria através da formação de preços de reembolso diferenciados, que contemplem os eventuais custos superiores. Atualmente, estes materiais radioativos são produzidos apenas em São Paulo, sendo necessária a implantação de radiofarmácias centralizadas nos municípios.

“A proposta traz diretrizes claras para impulsionar a Medicina Nuclear no país de forma consistente e sustentável. Ao priorizar a ampliação dos serviços, o acesso mais amplo a diagnósticos e tratamentos com radiofármacos e o fortalecimento da produção nacional, o PL abre caminho para uma nova fase no setor. É um movimento que valoriza a ciência, aproxima a inovação da população e coloca o Brasil em uma rota de protagonismo nesse campo tão estratégico” afirmou a presidente da SBMN, Dra. Elba Etchebehere.

Os representantes da SBMN também destacaram a importância de investimento governamental em órgãos estatais, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e a importância da união e apoio do setor nuclear nacional.

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Foto: Banco de Imagem Pixel.