Brasil e Argentina assinam Memorando de Entendimento sobre radioisótopos e pesquisa

Brasil e Argentina assinam Memorando de Entendimento sobre radioisótopos e pesquisa
Comissão Nacional de Energia Nuclear da Argentina (Cnea) e Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) assinaram, na Grande Buenos Aires, um Memorando de Entendimento que fortalecerá a colaboração bilateral contínua na área de usos pacíficos da tecnologia nuclear relacionada aos novos reatores de pesquisa planejados nos dois países.

De acordo com a presidente da Cnea, Adriana Serquis, Brasil e Argentina já tinham acordos existentes que viam o estabelecimento do “RA-10, nosso reator multipropósito, e do RMB [Reator Multipropósito Brasileiro], pelo Brasil, como projetos semelhantes” e o novo acordo se baseia na cooperação já existente em reatores de pesquisa, abrangendo, ainda, a cooperação bilateral no domínio da medicina nuclear, testes de irradiação de combustíveis e materiais e pesquisa utilizando feixes de nêutrons.

O presidente da Cnen, Francisco Rondinelli, declarou que as duas instituições têm trabalhado para o desenvolvimento de aplicações nucleares para fins pacíficos e que ambas “têm muito com que cooperar” no desenvolvimento do setor nos dois países. Ele observou que o Memorando de Entendimento inclui uma parceria com a empresa argentina Invap voltada ao apoio de engenharia para o RMB e suas respectivas instalações laboratoriais.

O reator argentino RA-10 será destinado à produção de radioisótopos para usos médico e industrial, bem como para pesquisa. Previsto para entrar em operação em 2025, ele suprirá 20% da demanda mundial por molibdênio-99 (Mo-99), radioisótopo usado como matéria-prima para geração do tecnécio-99m (Tc99m), empregado na Medicina Nuclear para o diagnóstico de diversas doenças. A Invap assinou, em 2013, acordo para construir tanto o RMB quanto o RA-10, utilizando como projeto de referência o reator de pesquisa australiano de água leve Open-pool.

Leia aqui a matéria completa, em inglês.

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Foto: Comitivas do Brasil e da Argentina / Crédito: Cnen

Fonte: World Nuclear News (WNN)