Brasil avalia energia nuclear na medida em que cresce a demanda de eletricidade

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que apoia pesquisas sobre energia no Brasil, previu um salto significativo na demanda por eletricidade no país nos próximos anos. Em recente relatório, a instituição declarou que o consumo energético crescerá, em média, 3,5% ao ano na próxima década, um aumento que exigirá até 58 bilhões de dólares em investimentos no setor de energia, nas áreas de transmissão e nova geração – 43 gigawatts (GW).

De acordo com a EPE, diversas tecnologias, tanto térmicas quanto renováveis, devem atender à crescente demanda brasileira de eletricidade. Dados do governo federal de janeiro deste ano demonstram que o nosso país possui, atualmente, 183 GW de capacidade elétrica instalada, sendo 103 GW de fonte hidrelétrica, 46 GW de térmica, 21 GW de eólica, 5,5 GW de pequenas centrais hidrelétricas, 4,6 GW de solar, 1,9 GW de nuclear, 838 megawatts (MW) de micro hidrelétricas e 0,5 MW de maremotriz.

A expectativa é que a nova demanda seja atendida em boa parte por fontes térmicas, dentre as quais a nuclear. Nesse sentido, autoridades governamentais já iniciaram um processo para identificar sítios para instalação de novos reatores, atendendo, inclusive, ao disposto no Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, que prevê de oito a dez novos GW da fonte nuclear. Em janeiro passado, o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) anunciaram que trabalhariam em conjunto para selecionar tais locais.

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Foto: Governo quer finalizar construção de Angra 3 / Crédito: Eletronuclear

Fonte: Power Mag