A radiação é natural. A radiação está em toda parte. Você é radioativo. Seu cachorro é radioativo. Seu bife é radioativo. A tabela logo abaixo mostra a radioatividade de algumas substâncias comuns. Quando se trata de radiação, não é sobre sua existência, mas sim sobre a quantidade e, o mais importante, o tempo de exposição.
O javali é a razão para repetir esse clichê maçante. Um artigo recente que distribuiu a contaminação por césio radioativo de javalis da Baviera – região na Alemanha – entre o acidente nuclear de Chernobyl e os resultados dos testes de bombas atômicas gerou uma confusão de gritos condenando o quanto esses porcos são perigosos passados 40 anos ou mais após as solturas. Os autores contribuíram para o furor ao “borrifar” gratuitamente uma investigação científica de rotina com adjetivos e advérbios excitados.
Neste caso, o culpado é o césio-137. O césio-137 é um emissor de fótons bastante forte, com meia-vida de 30 anos. Isso é rápido o suficiente para ser um problema, e lento o suficiente para ser um problema de vários séculos. Contudo, apesar desta combinação incômoda, a decadência, o desgaste e a diluição reduziram há muito tempo tanto as partículas radiativas liberadas pelas bombas como as taxas de dose de césio-137 de Chernobyl para uma pequena fração de fundo em quase todos os lados, incluindo as imediações da central de Chernobyl.
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Foto: Divulgação
Fonte: Jack Devanney – Gordian Knot News