O Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/Cnen) recebeu, no último dia 14 de abril, missão de avaliação e auditoria da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), relacionada ao projeto RLA 6091, voltado a aumentar o número de físicos médicos capacitados e atualizados em relação às novas tecnologias na América Latina e Caribe. O objetivo principal foi trazer mais qualidade e segurança nas práticas médicas que empregam as radiações ionizantes, por meio da capacitação e do fortalecimento das habilidades e competências dos físicos médicos da região nos campos de radiologia diagnóstica, intervencionista e medicina nuclear. Este projeto foi iniciado em março de 2022 e tem duração prevista de quatro anos.
Além do IRD, a equipe da AIEA realizou, entre os dias 10 e 20 de abril, a atividade direcionada a diversos projetos de cooperação capitaneados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e suas unidades de pesquisa, entre outras instituições brasileiras, como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Cada projeto regional pretende abarcar questões comuns da região e as contrapartes no Brasil contribuem na concepção de cada projeto, sua implementação e monitoramento.
De acordo com Chao Chia, oficial nacional de ligação com o organismo internacional e responsável pela gestão do Programa Nacional de Cooperação Técnica do Brasil com a AIEA de 2010 a 2022, que acompanhou a comitiva, o objetivo foi coletar dados e informações a respeito da eficiência e eficácia das entregas relacionadas a cada projeto e melhorar processos e procedimentos internos. “Tanto no que se refere à execução dos componentes, sejam bolsas, visitas científicas, cursos de treinamento e doação de equipamentos, como questões de gestão de projetos. O Programa pretende atender as necessidades de desenvolvimento dos Estados-Membros através da aplicação prática das ciências e tecnologias nucleares”, explicou.
Desafios
É crescente o papel da tecnologia nuclear em radiodiagnóstico, especialmente com as novas tecnologias desenvolvidas nos últimos anos, e da medicina nuclear, essencial na terapia e diagnóstico de diversas doenças. O projeto RLA 6091 é coordenado por Simone Kodlulovich Renha, da Divisão de Física Médica do IRD. O apoio da AIEA permite atualizar os físicos médicos por meio de cursos regionais, workshops, webinars, desenvolvimento de protocolos e guias e materiais de treinamento (e-learning), entre outras atividades. Ao final, espera-se que, a partir do conhecimento adquirido durante o projeto, os físicos médicos dos dezoito países participantes possam contribuir para a melhoria dos serviços de radiodiagnóstico e de medicina nuclear de seus países, assegurando assim mais qualidade e segurança dos procedimentos de diagnóstico e terapia para o benefício dos pacientes.
Após a apresentação no IRD, no período da manhã, o grupo seguiu para uma visita ao Instituto Nacional do Câncer, um dos parceiros institucionais nesse projeto. Os hospitais participantes que cumprirem os requisitos de qualidade formarão uma rede de centros de referência para oferecer apoio técnico a outros hospitais. Desta forma, também será possível garantir a sustentabilidade do projeto.
A notícia foi publicada originalmente no site do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/Cnen), onde estão disponíveis mais fotos.
Foto: Da esquerda para a direita: Danieli Alesani (AIEA), Joana Azambuja e Chao Chia (pela Cnen), Jicheng Zhang (AIEA), Lidia Vasconcellos de Sá (IRD), Maria Angélica Wasserman (diretora IRD), Ellen Anderson (AIEA) e Simone Kodlulovich Renha (IRD) / Divulgação IRD/Cnen
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/Cnen)
