AIEA identificou pontos considerados positivos que serão compartilhados com a indústria nuclear mundial
Após quase duas semanas, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) finalizou a Missão SALTO – Safety Aspects of Long Term Operation (LTO) – da usina Angra 1. Entre os dias 4 e 13 de junho, a agência realizou uma avaliação global de segurança, que abordou diretamente a estratégia e os elementos-chave para uma operação estendida segura da unidade.
A agência internacional revisou a preparação, a organização e os programas da usina para uma operação segura de longo prazo. A missão foi conduzida por uma equipe de doze pessoas, incluindo especialistas da Argentina, Bulgária, Finlândia, Japão, República da Coreia, Países Baixos, Eslováquia e Estados Unidos.
Como resultado, a AIEA identificou pontos considerados positivos que serão compartilhados com a indústria nuclear mundial. Entre eles, o processo de confirmação para avaliar e melhorar regularmente os programas de gestão do envelhecimento; a ferramenta de software desenvolvida para determinar inspeções oportunistas de componentes, além do uso de inteligência artificial para determinar a vida útil qualificada dos equipamentos da planta.
“A missão foi um sucesso. Nosso time foi dedicado e se empenhou durante essas duas semanas. As sugestões são muito bem-vindas. Juntos, vamos fazer um trabalho de excelência”, destaca o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo.
O projeto de Revisão Periódica de Segurança, entregue recentemente à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), foi avaliado como “Good Performance” – em português, boa performance. Além disso, a AIEA entregou nove sugestões à Eletronuclear e nenhuma recomendação.
“A equipe notou o avanço nas medidas tomadas pela operadora para garantir o LTO seguro da planta. O profissionalismo, a abertura e a receptividade para melhorias para atender e ir além dos padrões de segurança da AIEA em operação são louváveis”, disse Gabor Petofi, líder da equipe e oficial sênior de segurança nuclear da AIEA.
Após o término da Missão, a Eletronuclear e a Cnen receberam o relatório entregue pela agência internacional e poderão fazer comentários sobre a minuta. Na sequência, a versão final será disponibilizada também ao governo federal, além da própria companhia e do órgão regulador.
Mulheres na SALTO
Um dos pontos positivos da Missão SALTO foi a participação massiva de mulheres nas equipes. Na área técnica de elétrica, por exemplo, Giovanna Giovanardi e a Grazielle Muzitano, responsáveis pelo gerenciamento de envelhecimento e qualificação ambiental dos equipamentos elétricos do LTO, estiveram à frente das avaliações.
“Por fazer parte do comitê de gênero, raça e diversidade, me chamou atenção o fato de sermos duas mulheres na área Elétrica e I&C (Instrumentação e Controle). O resultado da missão foi bastante satisfatório e retrata todo nosso esforço em alcançar a excelência. Me sinto muito honrada por exercer essa função na missão, em uma área predominantemente masculina”, destaca Grazielle.
A notícia foi publicada originalmente no site da Eletronuclear.
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Foto: Usina nuclear Angra 1 / Divulgação Eletronuclear
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Eletronuclear