Reator nuclear IPEN/MB-01: 36 anos da primeira criticalidade

Reator nuclear IPEN/MB-01: 36 anos da primeira criticalidade

Há 36 anos, em 9 de novembro de 1988, às 15h35, o Reator Nuclear de Pesquisa IPEN/MB-01 entrava em operação com uma reação de fissão em cadeia autossustentável coroando uma parceria histórica entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/Cnen) e a Marinha do Brasil. A primeira operação controlada deu-se cerca de cinco anos após o início do projeto conjunto que construiu e pôs em funcionamento o primeiro reator nuclear genuinamente nacional.

A inauguração oficial, com autoridades federais, estaduais e acadêmicas deu-se em 28 de novembro de 1988.

36 anos da 1ª criticalidade do Reator Ipen/MB-01
Arte: Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – Ipen/Cnen (clique na imagem para ampliar)

Localizado no campus do Ipen/Cnen, inserido na Universidade de São Paulo, o Reator IPEN/MB-01 tem por um de seus mais destacados objetivos validar a metodologia de cálculo para projetos de outros reatores nucleares. Durante trinta anos de sua história, foram validados cálculos e pesquisas para o reator a ser utilizado para propulsão do primeiro submarino nuclear brasileiro. Desde março de 2020, seu primeiro núcleo foi substituído por elementos combustíveis desenvolvidos no Ipen/Cnen e que simulam os que serão utilizados no empreendimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) a ser construído em Iperó, SP.

Além de suas aplicações para estudos de física de reatores, o IPEN/MB-01 é uma importante fonte de formação de profissionais na área de operação de reatores, alunos de graduação em Engenharia Nuclear pela Escola Politécnica e para desenvolvimento de trabalhos acadêmicos para o Programa Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear desenvolvido desde 1976 com a Universidade de São Paulo (USP).

O Ipen/Cnen agradece aos profissionais que ao longo desses 36 anos de operação contribuíram para um capítulo importante da história da ciência e tecnologia no Brasil.

A notícia foi publicada originalmente no Perfil no Instagram do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/Cnen).

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Imagem em destaque: Freepik

Fonte: Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/Cnen)