O Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), General Marcos Antonio Amaro dos Santos, visitou, no dia 10 de agosto (quinta-feira), as instituições do Programa Nuclear Brasileiro localizadas no Rio de Janeiro/RJ: Indústrias Nucleares do Brasil S/A (INB) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Pela manhã, o Ministro esteve na sede da INB, no centro do Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo Diretor Técnico de Enriquecimento Isotópico da empresa, Contra-Almirante Engenheiro Naval Marcos Fricks Cavalcante, e pelo Diretor de Recursos Minerais, Sr. Rogério Mendes Carvalho. Durante a visita, a equipe apresentou as atividades desenvolvidas, bem como os resultados alcançados nos últimos anos e os projetos e desafios da empresa para expansão do seu parque industrial e da pesquisa e lavra de urânio no Brasil.
No período da tarde, o General Amaro reuniu-se na sede da Cnen com o presidente, Sr. Francisco Rondinelli Júnior, e dirigentes da autarquia federal para tratar da efetivação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) e da viabilização de importantes projetos estratégicos nucleares, como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que permitirá a autossuficiência nacional para a produção de radiofármacos, e o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (CENTENA), que abrigará o repositório nacional de rejeitos de baixo e médio nível de radiação.
Um dos temas de maior interesse na área nuclear é o avanço da construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Trata-se de um projeto de Estado, de cunho estratégico, que promete impulsionar a autonomia do País na produção de radioisótopos para o tratamento de câncer e outras doenças.
O RMB é a resposta do País para transformar os setores de saúde, agricultura, defesa e meio ambiente. O Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (CDPNB) desempenha um papel crucial no estabelecimento de diretrizes e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República trabalha para viabilizar o projeto, assegurando recursos para sua implantação.
Atualmente o Brasil é importador de radioisótopos e, com o Reator Multipropósito Brasileiro, passará a suprir a demanda nacional, reduzindo riscos de escassez desses materiais e diminuindo custos relacionados à fabricação de radiofármacos. Isso por sua vez permitirá um aumento no número de exames e tratamentos médicos, principalmente na área do câncer. A consequência direta é um fortalecimento do setor médico e a ampliação do acesso à medicina nuclear, tornando-a mais acessível à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 704 mil novos casos de câncer devem ser diagnosticados por ano entre 2023 e 2025, em comparação a 625 mil novos casos no triênio anterior. Isso significa 79 mil diagnósticos a mais por ano, com a implantação do RMB.
A notícia foi publicada originalmente no site do Gabinete de Segurança Institucional (GSI/PR).
Fotos: Divulgação GSI/PR
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Gabinete de Segurança Institucional (GSI/PR)