Ser contra a energia nuclear é algo fora da realidade no contexto atual de combate ao aquecimento global , de redução da poluição atmosférica e da busca dos países por maior segurança energética, em benefício de suas populações.
A energia de base nuclear é contínua, tem alto fator de capacidade, a sua produção independe do clima, não polui a atmosfera e tem baixo custo operacional. Constituiu alternativa fundamental para o desenvolvimento do Brasil , quer pela garantia da segurança energética, quer do ponto de vista do desenvolvimento industrial, tecnológico, educacional e de crescimento socioeconômico regional. Ademais, o Brasil dispõe de grandes jazidas de urânio e domina todo o ciclo de produção do combustível nuclear.
A energia nuclear é um grande vetor para colocar o Brasil de volta a sua rota de crescimento, como todos nós brasileiros almejamos. Precisamos participar do novo ciclo de expansão nuclear mundial, como vem fazendo, atualmente, os Estados Unidos, a Europa e a Ásia . Precisamos conscientizar nossa população que não podemos perder essa oportunidade. Uma campanha de esclarecimento destacando a grande segurança oferecida pela moderna tecnologia empregada nas usinas nucleares, bem como sobre todos os seus benefícios para o desenvolvimento de um sistema elétrico robusto capaz de dar suporte à retomada do ciclo de desenvolvimento industrial e econômico que o país necessita.
Eólica e solar, que são também importantes, mas por sua grande variabilidade e intermitência e sobretudo por provocar instabilidade no sistema elétrico, não garantem a segurança energética que o país precisa para dar suporte ao seu desenvolvimento. Quem tem dado apoio complementar e fundamental às intermitências e às variabilidades destas formas de geração são as hidrelétricas. Elas têm impedido que o sistema entre em colapso, mas já estão ultrapassando seus limites permitidos e provocando mudanças nos regime nos rios, dificultando os usos múltiplos das águas. Nesse momento o Brasil caminha com um sistema elétrico que evolui sem controle, gerando insegurança quanto a custos e confiabilidade, justamente no momento que precisa crescer para se desenvolver. Temos um consumo per capita de eletricidade muito baixo, 2500kWh/hab./ano e precisamos de urgentes e grandes investimentos em geração de grandes blocos de energia firme, para sair desse baixo patamar, que nos coloca em posição desfavorável no mundo, septuagésima quinta posição em IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
Manifestações reportadas pelo PAINEL S.A da Folha de São Paulo, contrário à expansão nuclear no Brasil , indicam que não há o acompanhamento do que se passa no mundo atualmente, onde o uso da energia nuclear se torna mais intenso, como mostra por exemplo a China, que tem em construção, no momento, 20 novas usinas.
A ABEN – Associação Brasileira de Energia Nuclear, pelo acima exposto, vem reafirmar sua posição de apoio ao desenvolvimento de um programa de expansão nuclear no Brasil, com a construção de várias usinas nucleares no país, pela consciência que tem da importância para o desenvolvimento do Brasil. Desde já, se coloca à disposição da sociedade e das autoridades em geral, para trazer esclarecimentos ao debate.
Imagem: Pixabay
Nota da ABEN
Contribuição do diretor Carlos Henrique Mariz