O jornal O Globo publicou, nos dias 23 e 30 de março, informações equivocadas sobre o incidente ocorrido em Angra 1 em setembro do ano passado, afirmando que teria sido um evento de nível 2 na escala Ines (International Nuclear and Radiological Event Scales), que caracteriza a severidade de acidentes nucleares. Na verdade, o acontecimento foi classificado como grau zero pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). Além disso, o jornal afirmou que a Eletronuclear forneceu essa informação, o que não é verdade.
A empresa esclarece que não forneceu informações errôneas para o jornal sobre a classificação do evento. Também que a escala mencionada na matéria se refere à 1REN2, que faz parte dos procedimentos de operação da usina e apenas categoriza o tipo de evento ocorrido, diferente da Ines.
O jornal também errou ao utilizar um gráfico que não representa os reatores de água pressurizada (PWR), os mais utilizados no mundo, fazendo o leitor acreditar que a água do mar circula no reator nuclear (onde há material radioativo), o que é incorreto. A Eletronuclear esclarece que toda a água que circula no sistema nuclear da usina fica contida nos edifícios de segurança e é reutilizada sempre que necessário. A água do mar faz parte de um terceiro circuito, que não tem qualquer ligação com o do reator.
Esses esclarecimentos são importantes para evitar a disseminação de informações erradas e a confusão sobre os acontecimentos. A atual Diretoria Executiva da Eletronuclear, empossada após os acontecimentos, compromete-se a agir com total transparência e dar ampla publicidade a todos os eventos industriais, independentemente da gravidade. A empresa já se reuniu com o Ibama e com a Cnen e está colaborando com as investigações em andamento.
A nota foi publicada originalmente no site da Eletronuclear.
+ Eletronuclear esclarece incidente em Angra 1
Foto: Usina nuclear Angra 1 / Divulgação Eletronuclear
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Eletronuclear