Nesta quarta-feira, dia 5, foi realizada uma reunião em Paris, França, entre o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Carlos Henrique Mariz, e a diretora executiva da Société Française d’Énergie Nucléaire (SFEN), Madame Valérie Faudon. Entre os assuntos abordados no encontro, destacam-se o fechamento de uma parceria institucional entre as duas entidades e a organização e promoção de um webinar sobre o desenvolvimento do Programa Nuclear da França, o desenvolvimento industrial e os respectivos impactos socioeconômicos.
A experiência francesa no setor de geração nuclear é de grande valor, tendo em vista que o país é o mais nuclearizado do mundo (a fonte nuclear produziu aproximadamente 70% da eletricidade da França em 2021) e possui a segunda maior frota de usinas em operação (56), atrás apenas dos EUA. Além disso, está construindo Flamanville 3, uma planta que com potência de 1.650 megawatts (MW), e possui planos para instalar diversas novas unidades.
Desse modo, inúmeras lições podem ser usadas na expansão do Programa Nuclear Brasileiro (PNB), considerando, sobretudo, o Programa Nacional de Energia (PNE) 2050, que prevê a instalação de até dez gigawatts (GW) de nucleoeletricidade no País, além de Angra 3 (1.405 MW).
Sobre a SFEN
A Société Française d’Énergie Nucléaire (SFEN) reúne a comunidade científica e técnica do setor nuclear da França. Fundada em 1973, a instituição tem a missão de desenvolver o conhecimento de todos os interessados em energia nuclear. A SFEN reúne 3.600 profissionais, dentre os quais engenheiros, técnicos, químicos, médicos, professores e estudantes de instalações industriais e organizações francesas de pesquisa nuclear. Saiba mais sobre a entidade aqui.
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Imagem em destaque: Bandeiras da França e do Brasil / Freepik