Ontem, dia 26, foi realizada uma reunião do Comitê Permanente de Política Nuclear Brasil-Argentina (CPPN) no Palácio San Martín, em Buenos Aires
A delegação argentina foi presidida pelo subsecretário de Política Externa, Claudio Javier Rozencwaig, e, a brasileira, pelo secretário de Assuntos Políticos Multilaterais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto. Também participaram representantes dos setores nucleares de ambos os países.
Durante o encontro, foi destacada a importância estratégica da relação nuclear bilateral entre Brasil e Argentina, ao mesmo tempo em que foi reafirmado o compromisso com o uso pacífico da energia nuclear como forma de contribuir para o desenvolvimento econômico dos povos dos dois países. A reunião ainda serviu para apoiar o regime internacional de não-proliferação e, nesse contexto, a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc).
Questões de interesse mútuo nas esferas multilateral e bilateral foram abordadas, incluindo os programas nucleares do Brasil e da Argentina e aspectos regulatórios e de salvaguardas.
O CPPN provém da Declaração de Iperó assinada pelos presidentes Raúl Alfonsín e José Sarney em 1988, com o objetivo de empreender e coordenar iniciativas nas áreas política, técnica e empresarial do setor nuclear.
Desde sua criação, o Comitê tem sido o mecanismo operacional que canalizou o processo nuclear bilateral no nível de trabalho entre ambos os países, proporcionando, assim, o Acordo entre a Argentina e o Brasil para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear (denominado “Acordo Bilateral”), assinado em julho de 1991 e responsável pela criação da Abacc, e o Acordo Quadripartite (Brasil, Argentina, Abacc e Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA), assinado em dezembro do mesmo ano.
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Foto: La Cancillería – Argentina
Fonte: La Cancillería – Argentina (Ministerio de Relaciones Exteriores, Comercio Internacional y Culto)