Reportagem publicada pela Revista Veja aborda a crise energética mundial, desencadeada principalmente pela guerra da Rússia na Ucrânia, e novas – e boas – perspectivas para a geração nuclear nesse contexto, sobretudo nas grandes potências europeias e nos Estados Unidos.
A matéria destaca a vitória ocorrida, na semana passada, do bloco da União Europeia pró-nuclear, liderado pela França, na qual energia nuclear e gás natural são consideradas “fontes energéticas verdes” na “Taxonomia da UE para atividades sustentáveis”.
Segundo a Veja, o rótulo de energia limpa para essas duas fontes estava sendo discutidos desde 2 fevereiro de 2022, no pré-guerra. A maioria de 328 parlamentares foi favorável à inclusão, contra 278. “A agressão militar não provocada da Rússia à Ucrânia aumenta a urgência de acelerar nossa transição limpa”, menciona a Comissão Europeia, em nota oficial.
A matéria salienta que a inclusão na Taxonomia da UE proporcionará investimento em instalações nucleares existentes e também em projetos de novas usinas da Geração III+, consideradas mais seguras. Também salienta a vocação nuclear francesa – país mais “nuclearizado” do mundo, em termos proporcionais – e a intenção do governo de Emmanuel Macron de estatizar completamente a companhia elétrica Électricité de France – EDF (saiba mais aqui).
Estados Unidos
Com relação à maior economia global, a reportagem informa que o executivo do país estendeu o prazo para o programa de Crédito Nuclear Civil, iniciativa de financiamento de US$ 6 bilhões destinados à manutenção de usinas nucleares com dificuldades operacionais. Além disso, haverá investimento de US$ 2,5 bilhões em tecnologias nucleares nos Estados de Washington e Wyoming.
O Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês) solicitou um orçamento para o ano fiscal de 2023 (FY23) que contempla US$ 1,7 bilhão para o Escritório de Energia Nuclear – trata-se de um dos maiores pedidos de todos os tempos para esse gabinete (saiba mais aqui).
A Veja ainda destaca medida bipartidária introduzida em 2021 que pode ganhar força no contexto de guerra. A Lei de Infraestrutura Nuclear Americana (Ania) visa assegurar a cadeia de fornecimento regular de urânio nos EUA e gerar empresas com investimentos na infraestrutura nuclear.
Foto: Governo dos Estados Unidos vem investindo bilhões em energia nuclear / Pixabay
Fonte: Veja (autor: Renan Monteiro)