O uso da tecnologia nuclear para produzir hidrogênio limpo tem tido cada vez mais visibilidade, uma vez que o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) organizou, nesta semana, virtualmente, uma Reunião Anual de Avaliação de Mérito e de Pares sobre os seus esforços para acelerar a produção de hidrogênio limpo.
Na última segunda-feira, dia 6, o DOE anunciou um Aviso de Intenção para financiar programa de US$ 8 bilhões da Lei de Infraestrutura Bipartidária a fim de desenvolver centros regionais de hidrogênio limpo (H2Hubs, na sigla em inglês) e de lançar uma nova premiação que busca “tecnologias disruptivas” para reduzir o custo da produção de hidrogênio limpo.
No mesmo dia, as empresas Westinghouse e Bloom Energy Corp. (fabricante de células de combustível de óxido sólido que produzem eletricidade) anunciaram uma Carta de Intenção para desenvolver eletrolisadores para uso no mercado nuclear comercial e disseram que estão “bem posicionadas para apoiar o desenvolvimento de centros de hidrogênio do DOE”.
Investimento comercial
As duas companhias planejam trabalhar em conjunto para otimizar a tecnologia de eletrólise de alta temperatura em larga escala, que poderia ser integrada a uma central de geração nuclear.
“Estamos orgulhosas de que a Westinghouse tenha se voltado para a Bloom e nossa tecnologia de óxido sólido para impulsionar a economia de hidrogênio limpo”, informou Rick Beuttel, vice-presidente de negócios de hidrogênio da Bloom.
“A tecnologia de óxido sólido é adequada para aplicações nucleares, aproveitando eficientemente o vapor para melhorar ainda mais a economia da produção de hidrogênio. A eletrólise de alta temperatura já está ganhando atenção e elogios como uma solução viável economicamente para gerar hidrogênio limpo e de baixo custo, o que é fundamental para atingir metas agressivas de descarbonização“, completou.
Na visão da presidente de serviços de usinas operacionais da Westinghouse nas Américas, Pam Cowan, a colaboração mostra o comprometimento das empresas “em fornecer uma solução econômica para a produção de hidrogênio em larga escala na indústria nuclear, que apoia ainda mais o caminho para zero emissão líquida de carbono”.
Leia a matéria completa, em inglês, aqui.
Imagem: Representação de um eletrolisador da Bloom Energy / Crédito: Bloom Energy
Fonte: American Nuclear Society (ANS) / Nuclear News