Os eventos ocorridos nos últimos dias são inéditos e estressantes para a comunidade nuclear. Nunca antes uma usina nuclear esteve em uma zona de guerra de grande escala até a invasão da Rússia à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. O mundo assistiu, com receio, a tropas russas atravessarem as áreas que abrigam as centrais nucleares de Chernobyl e de Zaporizhzhia.
Na última segunda-feira, dia 7, a Energoatom, que opera quatro plantas nucleares da Ucrânia, divulgou um comunicado sobre a propaganda russa; a Sociedade Nuclear Ucraniana (UKRNS) fez um apelo à comunidade nuclear internacional para apoiar os trabalhadores nucleares do país; e a BBC publicou uma história sobre as condições incrivelmente difíceis para os trabalhadores da central de Chernobyl.
Comentário da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN)
Bem utilizada para inúmeras aplicações pacíficas, como a geração de eletricidade, a fonte nuclear provê ao mundo uma energia limpa, segura, confiável e com alto fator de capacidade. A preocupação com a segurança e a integridade física de instalações nucleares é inerente ao setor e, nesse contexto inédito de guerra em territórios que abrigam instalações nucleares, clamamos pelo bom senso de todos. Não é admissível, sob nenhuma hipótese, que zonas de usinas nucleares sejam palco de conflitos bélicos e que os respectivos operadores e demais funcionários trabalhem sob tamanha pressão.
Foto: Arquivo ANS
Fonte: American Nuclear Society – ANS (https://www.ans.org/news/article-3739/russian-invasion-taking-its-toll-on-ukrainian-nuclear-professionals/)